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domingo, 26 de junho de 2011

Notícias de Rio de Mouro

     A "Estrada do Marquês" decalca o caminho que o Marquês de Pombal seguia quando se deslocava do seu palácio em Oeiras (numa parte funciona a Câmara Municipal) para a "Granja do Marquês", actualmente Base Aérea nº 1 - Sintra.

       Figuras: Palácio do Marquês (Oeiras);  Granja do Marquês  (Base Aérea nº 1).


     Saía de Oeiras rumo a Porto Salvo, seguia para norte passando pelo actual Tagus Park e cruzava a Estrada de Sintra no Alto do Cacém, guinando à direita para a Rinchoa (passa a nascente do estaleiro que está por cima da Escola Preparatória Padre Alberto Neto).

    Quando foi construída a linha de Sintra, a CP criou uma passagem de nível, bem larga (tal era a importância da estrada do Marquês) com guarda da passagem de nível, para quem se edificou a casa de que restam apenas as paredes, junto à curva.

       
              Figuras:  Locais onde se encontravam a passagem de nível, agora desaparecida, e a casa do guarda.

A Estrada do Marquês continuava até ao Colégio dos Plátanos, virando à direita em direcção ao Algueirão, passado pela Feira das Mercês; continua para norte, descendo em direcção à sua Granja (Base Aérea nº1).

quinta-feira, 9 de junho de 2011

RIO DE MOURO

Não se sabe ao certo como e quando nasceu a povoação de Rio de Mouro. Há notícias desta terra na Idade Média; documentos do século XV dão-nos conta de contratos de arrendamento de terrenos agrícolas propriedade de residentes em Rio de Mouro.
A importância de Rio de Mouro no seio do concelho de Sintra foi aumentando à medida que nos aproximamos dos nossos dias. Em 1563, o cardeal D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião, que poucos anos depois iria governar o País, sucedendo a D. Sebastião, toma uma importante medida para o futuro de Rio de Mouro: manda construir aqui uma igreja da invocação de Nossa Senhora de Belém, para repouso dos frades do Mosteiro dos Jerónimos. Será em redor desta igreja, a partir daí, que se desenvolverá a população na origem da actual freguesia que em 1839 pertencia à comarca de Torres Vedras, tendo passado em 1852 para a comarca de Sintra.
A igreja matriz, dedicada a Santa Maria de Belém, é o monumento mais significativo da paróquia. Templo de três naves, tem o altar-mor e os altares laterais em talha dourada. No altar-mor, pode observar-se um excelente retábulo de fabrico artesanal mas de autor desconhecido.
Documentação mais antiga que se conhece data de 1608 e encontra-se na Torre do Tombo (Registos Paroquiais- Livro 1º dos Mistos da Freguesia de Rio Mouro): documento que nos refere que no ano de 1608 António Fernandes Pinheiro era o padre cura, e que em 1615 o pároco era João Manuel. Depois de 1636 foi o padre Tomás de Carvalho que se encontra à frente da paróquia. Nas " Memórias Paroquiais " de 1758, o pároco local refere que a povoação é constituída por 591 habitantes.
Trabalho efectuado por: Piedade Pignon


Participação no 6º Festival Islâmico

 » Mértola 2011

Eis algumas das fotografias que tirei durante a participação no Festival Islâmico deste ano e que gostaria de partilhar com vocês.

A noite foi também bastante animada...

Adorei o evento e espero repetir novamente esta experiência daqui a 2 anos.

Vila de Rio de Mouro


Quem pretenda conhecer como alguns portugueses se abasteciam antigamente de água, pode vir à Rinchoa admirar esta encantadora fonte, descansando um pouco nos bancos que existem junto à mesma, e constatar que mesmo no meio da urbe movimentada encontra o ambiente bucólico de tempos idos.



Curiosa é a antiga fonte de "chafurdo" que brota junto à sobreira centenária, referida num nosso anterior apontamento. É a denominada Fonte do Rouxinol, recuperada em 1963, exemplo dum modo de fornecimento de água às populações muito comum no nosso país.

RIO DE MOURO


Pequeno filme sobre o Colégio dos Plátanos, situado na Av. dos Plátanos, Rinchoa 
(antigo Casino, projectado por Leal da Câmara)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Avenida dos Plátanos

Em 1944, quando do congresso de "Mem-Martins e Rinchoa-Mercês" foi aprovada uma recomendação para que fosse dado às suas ruas " nomes de árvores e flores".
Esta resolução do congresso tem sido respeitada até hoje e a Rinchoa é talvez o único sítio de Portugal onde não se atribuem nomes de pessoas nem de datas à toponímia das ruas.

A Avenida dos Plátanos tem plantada nas suas bermas trinta e três árvores daquela espécie e não foi por acaso porque há espaço suficiente para mais....

Num dos topos da Avenida dos Plátanos fica a Avenida dos Carvalhos, no outro a das Acácias e no meio - formando a mais longa Avenida da urbe -  a dos Choupos.

A sobreira secular da Rinchoa


   A sobreira da Rinchoa, pelo seu porte e idade, deveria ser reconhecida por todos. Esta árvore  tem cerca de 200 anos e está localizada na Calçada da Rinchoa.


   Os rinchoenses merecem que seja preservada e protegida a sua secular sobreira porque é uma das poucas memórias que restam do coberto florestal outrora existente no sítio.

O Colégio dos Plátanos

      O Colégio dos Plátanos iniciou a sua actividade em 1983 no edifício do antigo casino da Rinchoa.
   A história do casino da Rinchoa é por muitos desconhecida. Para além da importância arquitectónica (desenhado por Leal da Câmara), o seu antigo papel cultural e recreativo foi por demais importante. O casino da Rinchoa era parte integrante de um projecto de Leal da Câmara e sócios que, ao comprarem em 1940 a Quinta Grande, pretendiam transformá-la numa “Cidade jardim”.
  Desta cidade constariam várias vivendas destinadas essencialmente a residências de Verão. Às ruas atribuíram-se nomes de flores e árvores, como sejam a Avenida dos Plátanos, onde se encontra situado o antigo casino Colégio dos Plátanos. O principal objectivo do Casino era o convívio entre os moradores.
   A inviabilização do sonho de Leal da Câmara levou a que em 1945, o casino fosse vendido a uma empresa cinematográfica, passando na altura a ser denominado Cine-Casino da Rinchoa. Após um período de alguma indefinição, o edifício é alugado em 1969 a uma sociedade tipográfica – a Sotipoluso. Em 1974 o espaço é novamente alugado, desta feita para passar a ser uma fábrica de sapatos. Finalmente, a 3 de Outubro de 1983, é vendido a Rui Curica, tornando-se o que é hoje: o COLÉGIO DOS PLÁTANOS.


A Mocidade Portuguesa na Rinchoa


A Mocidade Portuguesa Feminina (MPF) foi uma organização instituída na vigência do regime salazarista - o chamado "Estado Novo" (1926-1974).
O seu objectivo era educar as jovens das classes dirigentes para serem boas donas de casa, esposas carinhosas e católicas devotas amigas dos pobrezinhos.


A M.P.F. assumia-se como sendo para jovens "nacionalistas" e da classe dirigente. Promovia diversas acções, uma das quais era a edificação de "nichos" com a imagem de Nossa Senhora normalmente colocados no cruzamentos dos caminhos - designados "alminhas e cruzeiros".

A M.P.F. cultivava um tradicionalismo de índole ruralista presente em toda a ideologia do regime. As suas filiadas consideravam-se "Donzelas de Nossa Senhora".

Património da Rinchoa

Refeitório da escola primária nº 1 da Rinchoa
   O historial do edifício remonta, de certo modo, aos idos de 1919. Ao que se supõe, primeiramente terá existido um desenho da autoria do Arquitecto Jorge Segurado, com destino a ser construído nas proximidades de Richebourg L’Avoué.  
   Frequentaram o estabelecimento várias centenas de crianças de ambos os sexos, e de todos os escalões sociais, provenientes de diversos lugares das redondezas.

   Em 1990, e na sequência da construção de um novo edifício para alojar a Escola Básica N.º 1 da Rinchôa, o antigo estabelecimento foi desactivado e o seu equipamento transferido, na totalidade, para o novo espaço, como atestam alguns documentos municipais.
   Através da intervenção de Mestre Leal da Câmara, foi essa mesma planta arquitectónica reabilitada e adaptada a Escola, a qual veio, efectivamente, a erigir-se, tendo funcionado como tal durante mais de cinco décadas (de 1939-1940 a 1990).